Tuesday, January 31, 2006

K's Choice, "Winter"


You're crying but as long as it's transparent and not red
there's no real reason to be sad to the people who are
smiling, always happy, always gay they do not know
that the egdes of the mouth can move the other way.

You're freezing, the ice on which you nearly slipped outside
is in your body, in your mind, getting warmer you are
dreaming, quite useless but it feels okay to you
in a world that's dreaming too, in a world in which you

Keep on searching for a thing sublime
when all you need is inside of you.
Everybody's waiting for springtime,
well winter can be cozy too.

Cherish the moments, cherish the key
that leads to sane insanity.
Cherish incompetence, cherish me
don't ever cherish somebody who

keeps on searching for a thing sublime.
When all you need is inside of you.
Everybody's waiting for springtime,
well winter can be cozy too.






Esta é para todos aqueles que não gostam lá muito do Inverno.

Sunday, January 29, 2006

Humpf!

Neva em quase todo o país. Vejam lá bem, até no Algarve! Mas acho que alguém lá em cima se esqueceu de uma cidade que também merecia uns flocos fofos e bem branquinhos de neve, assim só para enfeitar a paisagem e quebrar a rotina de um típico domingo.




(e este foi o post mais estúpido deste blog...)

Tuesday, January 24, 2006

Quem diria!

Estou contente. Não pelas mesmas razões de outrora, mas pelas de hoje que são ainda melhores. Só me fez lembrar dias tão distantes mas que me faziam muito bem. É tao bom poder falar contigo e rir contigo de novo. Não sentir aquelas palpitadas loucas do coraçao, nem todas aquelas ideias que me passavam na cabeça quando estavas por perto. Nada disso. Agora é bem diferente.

Estou contente. Sim sim, e isso devo a ti!






"It could be sweet, like a long forgotten dream."

Monday, January 23, 2006

Criança

Gosto de recordar. Sou uma pessoa naturalmente saudosa, que por vezes se sente com sede de dias quentes e bonitos, de momentos de mil e uma cores, com sabores a chocolate e a gomas. Há dias que sinto ter de ir buscar a esse passado bem delicioso a força de que necessito para um presente por vezes bem amargo. Os dias agora são cinzentos e já não vejo o arco íris de outros tempos. As pessoas andam com expressões carregadas, sisudas, de sorrisos apagados. As conversas andam sempre à volta do mesmo e até já se torna difícil arrancar aos outros (e a mim) uma gargalhada ruidosa que nos traga de volta a música de dias anteriores.
Queria tanto voltar atrás. Ter daquelas máquinas do tempo em que podia simplesmente pegar nela e dar uma volta, como quem vai ao parque passear no jardim, mas para passear num recanto bem mais verde e fresco, que é o caso do meu passado. As preocupações de outrora tão simples comparadas com as de hoje. Se o sabor do gelado seria de chocolate ou baunilha, ou se iria preferir algodão doce a pipocas caramelizadas. Se hoje estaria sol e até poderia dar um saltinho à praia, ou ficar por casa a brincar com bonecos, imaginando príncipes e princesas para morar no mais bonito castelo de areia que num dia de sol eu iria construir.
Ahh, que saudade!




Vou tentar ser a menina de ontem, para ver se consigo adocicar os dias e as pessoas de hoje.

Sunday, January 15, 2006

Ainda falando de ti

A maneira como te vejo neste momento é muito diferente. Já não me levas com esse teu sorriso de criança. Agora olho para ti e vejo alguém infantil. A tua distracção que eu achava tão doce e ingénua neste momento é a causa da irritação que sinto cada vez que passo por ti, por me pareceres demasiado alheado das coisas. O teu mundo, no qual eu sonhava e desejava entrar agora revolta me, pois vejo o como algo fechado, que tu não abres a nada nem a ninguém. Esse teu ar que antes me trazia tanta força, que me fazia levantar todos os dias só para o ver e sentir me nele, provoca me agora uma certa tristeza. Como pude iludir me tanto? Se ainda tinha esperança em poder sentir de novo o teu sorriso em mim, agora só sinto o teu olhar pousado nos meus movimentos. Um olhar que eu não consigo descodificar por ser tão envolto em sombra e penumbra.
O que eu achava brilhar, o que eu achava iluminar está escondido, bem fechado no seu mundo e ainda para mais, envolto numa muralha que eu não consegui transpôr. Vê se te abres ao mundo e às pessoas que se cruzam contigo todos os dias, de vez em quando ou talvez só uma vez. Quando o conseguires, aí sim, já não será em vão o que eu senti. Já poderei olhar para ti e dizer com orgulho que um dia inspiraste me a ser melhor e fizeste me sonhar com finais felizes.

Monday, January 02, 2006

Peniche


Vento
vento

há tanto
há só vento no meu país

vento branco
verde vento negro

ardente

seca as lágrimas

corta a voz na raiz.


Eugénio de Andrade




Fotos: Peniche.Abril.2005